Guerra fria, caracterizando-a e apontando o seu principal objetivo.
A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encaras, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. Pois, como observou o filosofo Thomas Hobbes, “a guerra não consiste não só na batalha, ou no ato de lutar: mas num período de tempo em que a vontade de disputar pela batalha é suficientemente conhecida” ( Hobbes, capitulo 13). A Guerra Fria foi um desses períodos. Sob o contexto da Guerra Fria, muitos movimentos de libertação tiveram apoio dos Estados Unidos (capitalista) ou da União Soviética (socialista), com o intuito de atrair novos países para suas áreas de influencia ideológicas. A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas, sobretudo do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de poder desigual, mas não contestado em sua essência. A URSS controlava uma parte do globo, ou sobre ela exercia predominante influencia, a zona de ocupada pelo Exército Vermelho (o termo Exército Vermelho é de uso comum no Ocidente para se referir a todas as Forças Armadas soviéticas ao longo de sua história.), ou outras Forças Armadas comunistas no término da guerra e não tentava amplia lá com o uso da força militar. Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos, assumindo o que restava da velha hegemonia imperial das antigas potências coloniais. Em troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia soviética.
O conflito da Guerra Fria pode ser definido como uma guerra econômica, diplomática e tecnológica que tinha como objetivo a expansão das áreas de influências do capitalismo e