Guerra dos Emboabas
Os bandeirantes paulistas descobridores das Minas Gerais sentiam-se no direito de serem os únicos a explorarem o ouro daquela região. Todos os forasteiros que não faziam parte do grupo dos bandeirantes eram chamados por eles de “emboabas” , cujo significado, “aves com pés cobertos” caracteriza as roupas utilizadas pelos forasteiros. Como os bandeirantes não aceitavam dividir essa região com os forasteiros, fizeram um pedido à Portugal para garantir o monopólio da exploração nessa área. Em resposta, Portugal beneficiou os forasteiros em sua decisão, o que aumentou a tensão na região das minas. Para estourar a guerra, bastou um português ser morto por um bandeirante, e este se refugiou na casa de um conterrâneo. Como o assassino não foi encontrado, lincharam o dono da casa . Para essa ação, os emboabas esperavam reação e, por isso, nomearam Manuel Nunes Viana para ser o governador da região das minas. Para este mesmo cargo, os paulistas nomearam Borba Gato, inimigo de Nunes Viana. No Capão da Traição, ocorreu a primeira batalha. Foi assim chamada pois os paulistas foram cercados pelos emboabas, que disseram que se eles se entregassem, não os matariam. Os emboabas não cumpriram com suas palavras e mataram todos. No Rio das Mortes houve o segundo confronto. Neste, os emboabas foram cercados e estavam quase se entregando quando, inexplicavelmente, os bandeirantes se retiraram do local. Para acabar com as lutas, o governo português criou a Capitania Real de São Paulo e Minhas de ouro, que concentrou a administração das minas nas mãos dos funcionários portugueses.