Perspectivas Sociológicas

Comparados aos psicólogos, bastante populares no Estados Unidos, os sociólogos despertam pouca atração, não ocupam lugar de importância na imaginação popular, o que é injusto e também instrutivo. O que pode indicar ambiguidade na imagem que se faz dele. Universitários ao serem questionados sob a opção do curso de ciências sociais, dizem ser por que gostam de trabalhar com gente. Questionados agora sobre trabalho depois da universidade, é na assistência social onde pretendem atuar, evidenciando a preferência por lidar com pessoas, a coisas. O critério para as ocupações mencionadas, relações públicas, publicidade, e etc, é “ajudar as pessoas”, como de fato o sociólogo é visto, como alguém que se empenha profissionalmente para o bem da comunidade em geral, o que é uma ilusão, presenciada no momento em que, por exemplo, no trabalho, ele tenha que combater uma greve. Mas é claro que tanto abnegados como misantrópicos, podem ser sociólogos, uma vez que a ação destes na sociedade não precisa ser humanitária, podem tanto planejar melhorias para uma comunidade como extingui-la. Nada portanto, tem a ver com o caráter da informação, mas com seu uso.
O sociólogo é visto ainda, como teórico do serviço social, dado o interesse dos assistentes sociais americanos, pelo estudo das mudanças sociais ocorridas na revolução industrial, o que justifica a grande frequência com que estudantes queiram se dedicar ao serviço social. Entretanto, na realidade o serviço social americano tem sido influenciado mais pela psicologia que pela sociologia, dado o prestígio do primeiro e como visto, papel de destaque na imaginação popular. Os assistentes sociais, dotaram não só a postura externa do psiquiatra, como sua ideologia, o que justifica a constituição predominantemente psicanalítica de sua teoria. Isso implica numa obtusidade face à realidade e denota distanciamento da sociologia, salvo na época em que, ainda não profissionais, usavam métodos próprios, ou seja, antes da aproximação com a