Perspectivas sociológicas
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A sociologia como passatempo individual Um sociólogo pode ser visto sobre óticas distintas. Para alguns, consiste em um indivíduo que gosta de “trabalhar com pessoas”. Trata-se de alguém empenhado profissionalmente em atividades edificantes para benefício de indivíduos e da comunidade em geral. Esta imagem é um tanto quanto imprecisa e ilusória, pois, os conhecimentos sociológicos são importantes para qualquer ser envolvido na sociedade seja ele possuidor de interesses benevolentes pela pessoa humana, seja executor de ações malévolas e misantrópicas, ou seja, avessas à sociedade. Para outros, o sociólogo é uma espécie de teórico do serviço social. O serviço social, qualquer que sejam suas bases teóricas, constitui uma certa ação na sociedade. A sociologia não é uma ação e sim uma tentativa de compreensão. O conhecimento sociológico pode ser recomendado não somente ao assistente social, mas a todos aqueles cujas metas obriguem ao trato com os seres humanos, para qualquer justificação moral. Nesse aspecto, Marx Weber adverte que a sociologia deve ser “isenta de valores”. Com isto, o autor quer referir-se à integridade científica. De tal modo, não se refere ao fato do sociólogo possuir ou não valores, mas enquanto aquele que buscará uma percepção pura, tão pura quanto permitem os meios humanamente limitados. O sociólogo tenta ver o que existe. O sociólogo é apresentado, ainda, como um reformador social. Para Auguste Comte, o sociólogo desempenha o papel de árbitro de todos os ramos do saber benéficos ao homem. A sociologia é a doutrina do progresso. Algumas imagens mais recentes sobre o sociólogo apresentam-no sob outras perspectivas. Às vezes é visto como um coletor de estatísticas sobre o comportamento humano. Com muita frequência, a imagem que se tem do sociólogo, por parte daqueles que se dedicam às Humanidades, é a de uma pessoa ocupada fundamentalmente em criar uma metodologia científica que ele possa mais tarde aplicar em fenômenos humanos.