Guerra das emboabas
A guerra dos emboabas veio em um contexto diferente desse acima citado. Ela durou de 1707 a 1709. Sua causa foi a discordância entre os paulistas bandeirantes que descobriram o ouro de Minas Gerais sentiam-se no direito de explorar aquelas riquezas com exclusividade, porém colonos portugueses vindo da metrópole e de outras partes também queriam se apoderar dessas riquezas para a exploração. Sendo assim começaram a chamada guerra das emboabas, violentos conflitos entre paulistas e portugueses.
Emboaba tem significados controversos, para alguns vem do tupi e significa “aves de pés cobertos”, uma alusão às botas que os portugueses usavam, enquanto os paulistas das bandeiras andavam descalços; já no dicionário Hovaiss essa palavra surgiu da junção das palavras tupis mbo “fazer que” e aba “ferir”, sendo mbo’aba seria um grupo, os que invadem e agridem. Posteriormente esse termo passou a ser usado para designar forasteiros.
Em novembro de 1709 na Cachoeira do Campo distrito de Outro Preto, foi palco do mais sangrento conflito envolvendo os direitos de exploração de ouro na futura capitania de Minas Gerais, esse episódio é conhecido na história como Capão da Traição, pois os emboabas liderados por Manuel Nunes armaram uma cilada contra os bandeirantes paulistas. Os forasteiros prometeram que deixariam o local se os paulistas deixassem as armas. Os paulistas acreditaram nessa promessa e fizeram isso, então, o exército emboaba comandado por Bento do Amaral atiraram nos trezentos paulistas e tomaram para si o local. E o nome Capão se refere à forma de relevo, uma região mais baixa com outras mais altas ao redor.
Muitos paulistas foram mortos pelo exército emboaba de cerca de mil homens, sendo assim, o português interveio procurando evitar novos conflitos.
Consequências :
Mapa do Brasil após a guerra emboabas.
Regulamentação da distribuição de lavras entre emboabas e paulistas.
São Paulo deixa de ser vila e se torna uma