Guerra do fogo

La Guerre du Feu

Os livros estão cheios de informações sobre o homem no período da Pré-História. Trata-se de uma gama de conteúdo, que abarca os aspectos sociais, econômicos, comportamentais e até da comunicação acerca dos primeiros hominídios na Terra. Sabemos – por meio de pesquisas e projeções – do modo de vida que nossos ancestrais levavam há milhares de anos. Algumas películas ajudam a compreender a formação dos grupos – seja no âmbito da coletividade ou evoluindo para a família. Na contramão dos filmes oitentistas A Guerra do Fogo (La Guerre du Feu, 1981), do diretor francês Jean Jacques Annaud, nos dá sons e imagens ao que aprendemos nas aulas de História. Somos convidados a observar as relações dos hominídeos em busca do artefato visto como meio de defesa contra inimigos e utilizável para o cozimento dos alimentos. De quebra, o feixe calorífico de tom amarelo-alaranjado, esquentava os homens das cavernas nos momentos mais gélidos nas pradarias e savanas. Um aspecto de grande relevância – que pede reflexão - é a comunicação, ou melhor, o prólogo dela. Esqueça vozes, palavras e o alfabeto tal qual conhecemos. Isso era luxo há 80 mil anos atrás. Os hominídeos se comunicavam através de grunhidos e urros que variavam de acordo com a entonação e com gestos. Nesse período, a expressão “o corpo fala” já tinha sua parcela de importância. Se um predador se aproximava do grupo, sentinelas avisavam o iminente perigo por meio de sons compreensíveis ao bando. Assim, a tribo podia atacar,defender-se ou bater em retirada.

Da mesma maneira que existiam conflitos com outros povos – atrasados ou evoluídos cultural, social e de forma comunicacional - havia intercâmbio entre eles. Não se sabe precisar acerca das relações de troca ou até cooperação entre os primeiros agrupamentos humanos. No filme temos uma ideia de como funcionava, em parte, essa permuta e/ou difusão de conhecimentos. O emblemático exemplo fica por conta da maneira como os hominídeos da