guerra cambial
O termo guerra cambial vem sendo usado por diversos governos e economistas para descrever uma suposta disputa entre os países envolvendo suas moedas. Acredita-se que alguns países, os emergentes, estariam desvalorizando artificialmente suas moedas para beneficiar seus ganhos com exportação.1
RIO - A partir desta quinta-feira, líderes das 20 maiores economias do mundo estarão reunidos em Seul, na Coreia do Sul, e o câmbio promete ser um dos principais pontos de discórdia. O GLOBO conversou com especialistas e ajuda você a tirar suas dúvidas a respeito da "guerra cambial".
Como surgiu o termo "guerra cambial"?O ministro da Fazenda brasileiro, Guido Mantega, foi o primeiro a falar em "guerra cambial". Mantega acusou países asiáticos, além de Estados Unidos e Europa, de subvalorizarem suas moedas para aumentar os ganhos com as exportações. Quando a moeda de um país está subvalorizada, ela torna o produto fabricado internamente mais barato e mais atraente, porque ele pode ser vendido por menos dólares que serão trocados por mais moeda interna.
Quem perde com o dólar fraco?
A perda fica com os exportadores, porque, ao converter os preços dos produtos em moeda local (real) para a moeda adotada no comércio internacional (dólar), precisam aumentá-los. Ou seja, quanto menor for a taxa de câmbio, mais caros ficarão, em dólares, os produtos brasileiros vendidos no mercado internacional. O efeito final, para os produtos brasileiros, é a perda de competitividade e de mercados estrangeiros. As exportações do país perdem espaço para os concorrentes que não estão com suas