Guarulhos, a feia mais bela

Guarulhos, a feia mais bela.
Recentemente, vendo o anúncio de uma novela na TV, cujo título é “A feia mais bela” parei pra pensar sobre o que leva um autor a colocar um título contraditório como este num programa de TV. Pesquisando um pouco mais, descobri que na verdade, trata-se de uma personagem interpretada pela atriz mexicana Angélica Vale, que, muito embora feia segundo os colegas, consegue superar tal característica com uma série de outros atributos. É uma pessoa inteligente, administra bem as finanças da empresa, tem visão estratégica, é de confiança, sabe aonde quer chegar, tem o apoio da maioria dos colegas, e acima de tudo, tem uma autoestima elevada. Por conta de todas estas qualidades consegue não só a simpatia de todos, mas, principalmente o apoio integral do seu chefe que chega a ter uma admiração especial por ela. Eu diria que, pelo conjunto da obra ela acaba sendo de fato uma feia realmente bela, se é que vocês me entendem.
Quando penso em Guarulhos, lugar de muitas faces e contrastes, sou forçado, por mera analogia a refletir com esta mesma lógica. Trata-se de uma cidade com uma economia pujante, nos últimos anos tornou-se a oitava economia do país e segunda no ranking estadual, tem conseguido superar desafios terríveis, reflexo das desigualdades geradas por décadas de abandono, mas ainda é uma cidade confusa, e como muitos teimam em afirmar, é feia.
Antes de pensar se de fato nossa cidade é feia ou bonita, vale a pena refletir sobre o que chamamos de feiúra ou de beleza estética urbana. Via de regra, o conceito do que é feio ou o que é belo está normalmente associado à imagem que temos da cidade.
Em geral, a massa de edificações, as ruas, a topografia, praças e bosques em seu conjunto é que dão a cara da cidade. Ajudam a construir a marca da cidade. Em alguns municípios estas marcas são mais expressivas, dão identidade a cidade. No entanto, o fato de muitos não terem uma marca forte enquanto elemento visual, não os