GT o fim do mundo
Texto: FURTADO (2005) Novos Arranjos Produtivos, Estado e Gestão da Pesquisa A principio o Estado não estimulava a pesquisa. O entendimento de como a ciência e tecnologia se desenvolve no Brasil é de extrema importância para a análise do processo produtivo brasileiro, especialmente após o fim da segunda guerra mundial, período em que o conhecimento cientifico passa a ser inerente a produção em todo o planeta, sendo assim instrumento de poder econômico e também politico, ou seja, estritamente envolvido com a geopolítica mundial. A explosão das bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, sacramentando o fim da segunda Grande Guerra, representa a inserção definitiva da ciência como fator de atenção aos Estados Nacionais, principalmente dos países desenvolvidos, visto que ficou claro que o domínio dela garantiria posição de destaque mundial. Nesse aspecto, observa-se que a busca por afirmação entre os modelos capitalista e socialista também intensifica esse processo, visto que cada um deles passa a investir em ciência como meio para o desenvolvimento econômico e bem estar da sociedade e, assim, mostrar sua superioridade frente ao sistema antagônico. Esse processo de ênfase na pesquisa cientifica ficou, inicialmente, a cargo dos Estados, principalmente nos setores militares, de segurança e de prestigio nacional, como a chegada do homem à lua, por exemplo, sendo constante a presença de missões especificas, isto é, a criação de agências e laboratórios nacionais voltadas a objetivos específicos, como a NASA nos Estados Unidos, por exemplo. O grande desenvolvimento tecnológico que passa a ocorrer no pós-guerra não ficou restrito as questões de estratégia politico-militares, visto que áreas como medicina, eletrônica, construção civil e telecomunicações, por exemplo, também colheram louros da nova visão da pesquisa cientifica e se desenvolveram no período. No entanto, os vultuosos gastos nas questões militares