Grécia enfrenta primeira greve geral de 2013
Milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra o alto desemprego e as medidas de austeridade. Desemprego entre os jovens de 15 a 24 anos chega a 61,7% no país
Milhares de pessoas saíram às ruas de toda a Grécia nesta quarta-feira para protestar contra o alto desemprego e as medidas de austeridade impostas pelo governo. Os dois maiores sindicatos do país convocaram a paralisação de 24 horas que fechou o comércio e prejudicou o funcionamento de vários serviços públicos.
A greve, convocada pela central sindical GSEE, que reúne sindicatos do setor privado, e pela ADEDY, dos funcionários públicos, paralisou o funcionamento dos serviços governamentais, incluindo escritórios do governo, tribunais, serviços fiscais, bancos estatais, escolas e universidades em todo o país. Já os hospitais funcionam em esquema de plantão.
Milhares saíram às ruas da Grécia para protestar com as altas taxas de desemprego e medidas de austeridade do governo
O serviço de ônibus na capital grega está funcionando parcialmente, assim como os trens de subúrbio e de longa distância. A paralisação dos trabalhadores da aviação civil também prejudicou o pouso e decolagem de aviões no aeroporto de Atenas.
O GSEE reclama das recentes alterações nas leis trabalhistas gregas e disse que convocou a greve "para que finalmente sejam tomadas medidas para enfrentar o desemprego, para que haja emprego para todos e para assegurar nossos direitos democráticos e trabalhistas".
Veja também: PIB preliminar da Grécia tem contração de 6,0% no 4º trimestre de 2012
Na manhã desta quarta-feira havia forte presença de policiais nas ruas de Atenas, numa tentativa de evitar problemas com grupos de jovens anarquistas que têm atrapalhado protestos pacíficos ao entrarem em confronto com a polícia, provocando pesados danos na região central.
A paralisação desta quarta-feira é a 30ª desde o início da crise econômica, três anos atrás. Desde então, a Grécia implementou