Gruta de Maquiné e Museu Guimarães Rosa

GRUTA DE MAQUINÉ

A gruta de Maquiné foi descoberta em 1825 e recebeu esse nome pois seu descobridor era um fazendeiro que se chamava Joaquim Maria Maquiné. Ela só foi explorada cientificamente em 1834 pelo naturalista dinamarquês Peter Wilhelm Lund, ele “morou” na gruta durante dois anos e fez muitas descobertas importantes, como fósseis de animais, hoje extintos, que morreram na entrada da gruta e foram arrastados para dentro pelas chuvas, e constatou até a presença de seres humanos muito antes de ela ser descoberta por Maquiné.

Duraram milhões de anos para ela se formar e virar a maravilha que é hoje. Infelizmente a gruta não pode mais se desenvolver, pois não há mais infiltrações, devido às mudanças climáticas e à ação do ser humano. A gruta não era habitada por grandes animais, pois possui passagens muito estreitas e, portanto, não dava para eles passarem, e por causa das infiltrações era dificilmente habitada por pequenos animais.
A gruta possui iluminações artificiais, pois mesmo durante o dia, por não haver passagem de luz ela é muito escura, e não dá pra enxergar nem um palmo diante dos olhos. Essas iluminações acabam por prejudica-la, pois as luzes possibilitam que ocorra a fotossíntese e acaba se desenvolvendo ao longo das estalagmites o “lodo” (parte esverdeada da imagem), o que não é naturalmente encontrado em grutas.

PETER W. LUND
O cientista dinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801 à 1880) é considerado o pai da paleontologia brasileira, o ramo da ciência que estuda as formas de vida existentes em períodos geológicos passados, a partir dos seus fósseis. De acordo com a revista Ciência Hoje, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em artigo de Raquel Aguiar, o pesquisador descobriu mais de 12 mil peças fósseis em cavernas da região de Lagoa Santa (MG), que permitiram escrever a história do período pleistocênico brasileiro, o mais recente na escala geológica. Entre as descobertas de Lund, figura o denominado Homem de Lagoa