Grotesco e kitsch na mídia
A palavra “grotesco” vem – de gruta, porão, (grotta) – do italiano e surge em fins do século XV. Em escavações frente ao Coliseu, e depois em diversos locais, foram encontrados ornamentos esquisitos – na forma de vegetais, caracóis, etc. – que fascinaram os artistas da época, e logo, entraram na moda e se espalharam pela Europa nos mais diversos suportes (tetos, colunas, gravuras, jóias, etc.).
O que atraiu no início foi o reencontro com um momento glorioso do passado, da época de Augusto, mas a rejeição veio devido à condenação, na mesma época, por combinações estapafúrdias de elementos animais, vegetais e minerais. O que era admirável tornou-se aberrante.
Sempre associado ao disforme (conexões imperfeitas) e ao onírico (conexões irreais), a palavra “grotesco” presta-se a transformações metafóricas, que ao longo dos séculos, teve o sentido ampliado, capaz qualificar elementos da vida social como discursos, roupas e comportamentos.
O grotesco é visto como feio em alguns casos, mas na verdade é a distorção do belo –exemplo: se tirarmos um traço positivo do belo, como a proporção humana, não produziremos o feio, mas sim o grotesco. Sendo assim, o grotesco é considerado uma categoria estética, isto é, um sistema coerente de requisitos para que uma obra alcance um gênero especifico (trágico, cômico, dramático, etc.) no interior da dinâmica da produção artística, desta forma, contém uma proposta crítica ou não.
Kitsch
A palavra Kitsch, foi forjada em Monique por volta de 1860, derivada de kitschen (fazer móveis novos com velhos) e verkitschen (trapacear, vender “gato por lebre”), o que denota o sentido pejorativo. Kitsch é o trivial, a falsa obra de arte feita para vender, sem a proposta original e sem estimular ideias. Está também, indissociavelmente ligado a arte, pois até os mais renomados mestres, ao criarem uma obra, tiveram um mínimo de cuidado para agradar o cliente.
O Kitsch é eterno também,