Grh contexto internacional
O crescente movimento de globalização, fusões e aquisições, alianças estratégicas e joint ventures de empresas transnacionais e multinacionais vem ocasionando aumento no número de executivos vivendo e trabalhando em país estrangeiro, denominados expatriados (SHEPHARD, 1996). De acordo com uma pesquisa realizada em 1996, o volume de expatriados tem crescido de forma agressiva. O Brasil tem sido um dos países mais afetados por este processo, sendo, no período de 1989 a 1994, o terceiro país a receber mais expatriados (14%), atrás apenas daChina (27% de participação) e da Índia (26%) (WINDHAM INTERNATIONAL AND NATIONAL FOREIGN TRADE COUNCIL, 1996).
Desta forma, os estudos e pesquisas que buscam compreender o processo de internacionalização das empresas ganham cada vez mais importância, teórica e prática. Dentro deste processo está a interação das diversas culturas em contato e a adaptação cultural e social dos indivíduos que necessitam mudar de país em função dos negócios.
O Impacto da Internacionalização
O impacto da internacionalização se dá em duas dimensões. A primeira diz respeito à recepção no país de empresas estrangeiras e seus executivos e funcionários. Em função da abertura de mercado implementada na primeira metade da década de 1990, o Brasil subiu do 12º país para o 3º na classificação de recebimento de expatriados (WINDHAM INTERNATIONAL AND NATIONAL FOREIGN TRADE COUNCIL, 1996). A segunda dimensão refere-se ao processo de internacionalização das empresas brasileiras, como estratégia de sobrevivência e de crescimento em um mercado globalizado(1).
No ano 2000, na primeira dimensão o Brasil foi o segundo maior receptor de Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) dentre os países em desenvolvimento. Por outro lado, na outra dimensão, considerados os IEDs realizados por empresas brasileiras no estrangeiro, o Brasil ocupa a 30º colocação, atrás da Malásia, Coréia, Singapura e México(2) (WORLD COMPETITIVENESS REPORT apudFUNDAÇÃO DOM CABRAL,