Gregos e a invenção da filosofia
R.: Para responder a esta pergunta precisamos entender o momento histórico em que a civilização helênica se encontrava: no século V a. C., os gregos, vitoriosos em suas guerras e conquistadores da Ásia Menor, assistem, sob a direção de Péricles, à consolidação de seu poderio que se traduz de forma majestosa na estruturação da Democracia ateniense, com maior estratificação de participação popular, a expansão das fronteiras gregas, acúmulo de riquezas, intensificação do comércio e abertura para o contato com outras civilizações. São estas condições que vão fazer surgir novas classes sociais e; na prática, novos interesses na centralidade do discurso filosófico. Logo, a filosofia, impregnada de misticismo e explicações metafísicas a partir dos fenômenos naturais, dará lugar a conhecimentos científicos mais pragmáticos. Neste contexto, foi pelo estudo da virtude e das artes políticas que "a filosofia começou a tratar das relações do individual com o universal", buscando responder a indagações acerca da formação do homem no grupo social, o que estabeleceu o pensamento filosófico de Sócrates e o nascimento da filosofia. A Filosofia, então, passou a se preocupar com o desenvolvimento de raciocínios lógicos, tendo como finalidade desvendar as relações de causas e efeitos entre as coisas.
Procure descrever o que se entende por filosofia no senso comum. Pergunte a algumas pessoas conhecidas, e verifique qual a diferença com o conceito que os gregos deram à filosofia.
R.: Filosofia no senso comum - Conhecimentos soltos, superficiais, que não nasceram de reflexões profundas e abertas. É compartilhado pela maioria das pessoas. O senso comum é freqüentemente marcado pela imprecisão, incoerência, fragmentação. Etimologicamente, a palavra filosofia é