Grecia
A modernidade e a volta das monarquias
Tradicionalmente, considera-se que a Idade Média chegou ao fim em 1453, ano em que Constantinopla foi dominada pelos turcos otomanos, colocando fim ao Império Bizantino. Essa é apenas uma data convencionada, pois a passagem da Idade Média para a Idade Moderna resultou de uma série de transformações que mudaram profundamente o mundo ocidental.
Em quase toda a Europa Ocidental (com exceção das comunidades islâmicas e judias), durante a Idade Média a vida das pessoas era determinada pelos ensinamentos e pela ação da Igreja Católica. Era um sistema rígido com verdades absolutas, com uma delimitação fixa do certo e do errado; sem mobilidade social. No século XIII a Escolástica veio numa tentativa de conciliar fé e razão.
A partir do século X as invasões e as epidemias diminuíram consideravelmente o que fez com que a população aumentasse. No final do século XI as Cruzadas, retiraram a Europa do imobilismo cultural e econômico. Cidades surgiram ou renasceram. O comércio floresceu, o dinheiro voltou a circular. Há um retorno às monarquias e o Rei passa a constituir o principal agente da construção do Estado Moderno. No século XIV o Renascimento rejeitou a cultura Medieval, presa aos padrões da Igreja Católica, abriu espaço para o pensamento crítico e a diversidade de idéias. Na égide desse movimento prega-se a individualidade e a racionalidade. Valores supremos da Modernidade.
O teocentrismo perde lugar para o antropocentrismo. E o Humanismo propõe o homem como centro de preocupações e indagações dos pensadores. As ciências avançam largamente e o mundo vê desmoronar a velha teoria geocêntrica.
Conflitos Religiosos, Guerra dos Trinta Anos (1618-1648). A França reduz o império quase à condição de um Estado a mais entre tantos outros. A Suécia, protestante, surge como uma nova potência, enquanto a Holanda e a Suíça são reconhecidas como Estados independentes e soberanos. Há um novo equilíbrio na Europa.