Graça Aranha e suas denúncias
José Pereira da Graça Aranha (1868-1931) foi escritor brasileiro. Seu romance "Canaã" abriu o período Pré-Modernista, compreendido entre 1902 e 1922. Proferiu o discurso inaugural da Semana de Arte Moderna. Na famosa Semana da Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo, Graça Aranha profere, em 13/02/1922, a conferência intitulada: "A emoção estética na arte moderna".
Graça Aranha (1868-1931) nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 21 de junho de 1868. Filho de Temistocles da Silva Maciel Aranha e Maria da Glória da Graça, família abastada e culta o que favoreceu e seu desenvolvimento cultural. Estudou na Faculdade de Direito do Recife, na época agitada das ideias de Tobias Barreto. Formou-se em 1886 e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde seguiria a carreira de juiz. No mesmo ano da Proclamação da República, 1889, já era magistrado em Campos, estado do Rio. Formado em Direito exerceu a magistratura no interior do Estado do Espírito Santo, fato que lhe iria fornecer matéria para um de seus mais notáveis trabalhos. Em 1890, foi nomeado juiz municipal em Porto Cachoeiro.
A permanência no interior lhe permite recolher material para seu romance "Canaã", publicado em 1902. O romance retrata a vida em uma colônia de imigrantes europeus, no Espírito Santo. Tudo gira em torno de dois personagens imigrantes alemães, com diferentes visões de mundo. Enquanto Milkau acredita na humanidade e pensa encontrar a "terra prometida" (Canaã) no Brasil, Lentz tem dificuldade de se adaptar à realidade brasileira, voltada para a superioridade germânica e para a lei do mais forte.
Em 1897, antes da publicação do romance "Canaã", foi precocemente eleito membro da Academia Brasileira de Letras, no ano de sua fundação. Ocupou a cadeira nº38, cujo patrono foi Tobias Barreto. Em 1914, após uma conferência sobre "O Espírito Moderno", desliga-se da Academia.
Entre 1900 e 1920, como diplomata do Itamarati, desempenhou várias missões diplomáticas na Inglaterra, Itália,