Pré-Modernismo no Brasil
O Pré-Modernismo não pode ser considerado um escola literária, mas sim um período literário de transição do Realismo/Naturalismo para o Modernismo. De caráter inovador, a maioria de seus membros não se enquadra como Modernistas por não terem sobrevivido o suficiente para participar ou terem criticado o movimento.
CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-MODERNISMO
RUPTURA COM O PASSADO – Os autores adotaram inovações que feriam o academicismo.
REGIONALISMO – A realidade rural brasileira é exposta sem os traços idealizadores do Romantismo. A miséria do homem do campo é apresentada de forma chocante.
LITERATURA-DENÚNCIA – Os livros são escritos em tom de denúncia da realidade brasileira. O Brasil oficial (cidades da Região Sul, belezas do litoral, aspectos positivos da civilização urbana) é substituído por um Brasil não-oficial (sertão nordestino, caboclos interioranos, realidade dos subúrbios).
CONTEMPORANEIDADE – A literatura retrata fatos políticos, situação econômica e social contemporâneos, diminuindo a distância entre realidade e ficção. Vejamos obras e autores que exemplificam isso:
◦Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto – Retrata o governo de Floriano Peixoto e a Revolta da Armada.
◦Os Sertões, de Euclides da Cunha – Faz um relato da Guerra de Canudos, mostrando-a como uma das primeiras manifestações pela terra no Brasil.
◦Cidades Mortas, de Monteiro Lobato – Mostra a passagem do café pelo Vale do Paraíba paulista.
◦Canaã, de Graça Aranha – Exibe um documento sobre a imigração alemã no Espírito Santo.
ASPECTOS GERAIS
CRONOLOGIA – Cronologicamente, o Pré-Modernismo durou no Brasil de 1902 a 1922.
INÍCIO NO BRASIL – As primeiras obras do Pré-Modernismo foram:
Os Sertões (romance, 1902), de Euclides da Cunha.
Canaã (romance, 1902), de Graça Aranha.
O que se convencionou chamar de Pré-Modernismo não foi propriamente uma escola literária. Não houve manifesto em jornais nem grupo de autores em torno de uma