Gravides e psicologia
Ser mãe pode não ser um “acontecimento feliz” para todas as mulheres uma vez que muitas delas vivem dias, semanas ou até meses de enorme perturbação a seguir ao nascimento do bebê. As causas que levam as mulheres a ficarem neste estado podem ser variadas. Algumas podem achar que é difícil estabelecer laços afetivos com o bebê e outras acharão que é algo bastante fácil. Em algumas situações, pode ser compreensível esta perturbação emocional quando,por exemplo,o filho não é desejado ou não é saudável,o companheiro hostil ou ausente, a sua condição sócio-econômica é baixa,ou quando não existe apoio,isto é,quando o contexto da maternidade é desfavorável. Pensa-se também que a grande diferença hormonal que a mulher experimenta durante e após a gravidez possa ser uma mudança acentuada na qual algumas mulheres sentem alguma dificuldade em ultrapassar. Tal como mulher, o homem que vai ser pai também pode não iniciar a sua experiência de ser pai de forma tranqüila. Todas essas situações podem resultar em depressão pós-parto que é uma patologia derivada de uma combinação de fatores biopsicossociais,dificilmente controláveis,que atuam de forma implacável no seu surgimento que é cada vez mais freqüente (ou atualmente é dada mais atenção e importância), havendo a necessidade de psicólogos, médicos, fisioterapeutas e profissionais da área adquirir cada vez mais novos conhecimentos sobre esta problemática que interfere no relacionamento “mãe-bebê”. As somatizações do recém nascido não devem ser subestimadas no que dizem respeito à relação mãe-bebê. Se por um lado, a somatização é o meio fundamental pela qual o bebê sinaliza o desconforto psíquico, por outro lado, não podemos esquecer que este desconforto se estabelece na relação com as pessoas que cuidam dele e reflete o desconforto psíquico da mãe, na grande maioria das vezes. Deste modo,os objetivos para este trabalho são:definir depressão pos parto,identificando sinais e sintomas,