GRAND TOUR TGT
Um novo tipo de viajante surge no século 18, um viajante dispondo acima de tudo de recursos e tempo nas primeiras viagens registradas pela historiografia da prática social de viajar por puro prazer e por amor à cultura.
A viagem por prazer começou a assumir seus contornos já ao final do século 17, tornando-se mais e mais frequente, porém, após o Tratado de Paz de Utrecht, em 1715. Mas foi no século 18 que um tour continental veio de fato tornar-se parte essencial da educação de todo inglês de posse, e isso prosseguiu por todo o século, sendo interrompido apenas durante a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), finda a qual os Grand Tours foram retomados em escala ainda maior.
Com o tempo o turismo foi crescendo gradativamente e se tornando cada vez menos uma prática exclusiva dos ricos. O verdadeiro Grand Tour, porém, envolvia essencialmente, além de uma viagem a Paris, um circuito pelas principais cidades italianas — Roma, Veneza, Florença e Nápoles, nessa ordem de importância.
Chegar até Roma no século 18 era uma façanha absolutamente corajosa, ventos, ondas altas e cais precários tornavam o embarque e o desembarque uma aventura aterrorizante. Não havia ainda o navio a vapor no século 18, sendo a travessia do Canal da Mancha feita ainda por embarcações à vela.
Na verdade, chegar até Paris constituía boa parte das expectativas do viajante, cujo sonho não era a França provincial, mas sim a grande metrópole parisiense, que podia oferecer todas as aventuras e atividades da vida social e todas as facilidades de conforto, sendo ao mesmo tempo diferente, excitante e cheia de novidades.
Depois de algum tempo em Paris o destino era então a Itália. Em Lion os turistas tinham duas alternativas para seguir em frente; atravessar os Alpes até Turin, ou enfrentar o Mar Mediterrâneo. E nenhuma das duas alternativas era muito animadora. rota mais comum de Lion para Turin era passando pelo Monte Cenis,uma passagem