Gramatica
Noções Textuais
Noções Textuais
1. INTRODUÇÃO
A base da comunicação, para Grice, está no princípio de cooperação, cujas noções mais gerais são regidas por quatro máximas:
máxima da quantidade: “não diga nem mais nem menos do que necessário”. “Dê a informação em quantidade suficiente”;
máxima da qualidade: “só diga coisas para as quais você tem evidência adequada”. “Afirme somente o que for verdade”;
máxima da relação: “seja relevante”;
máxima do modo: “seja claro, seja breve, seja ordenado, evite a obscuridade de expressões, ambigüidades, prolixidade”.
Já Van Dijk tem como ponto de partida em seus estudos as teorias desenvolvidas pela psicologia da cognição e pela psicologia social, com destaque para a memória – forma de interiorizar o mundo por representações mentais – e a sua importância na interpretabilidade. É por esse motivo que o autor pressupõe que “compreender envolve não somente o processamento e interpretação de informações exteriores, mas também a ativação e uso de informações internas e cognitivas”. Tal posição desabilita qualquer conceito de passividade na comunicação, pois o leitor ou o ouvinte precisa ativar muitas informações para entender e interpretar. Traz o autor a idéia de que três tipos de memória são ativados no processamento da informação:
Memória de longo prazo: formação dos sentidos mais amplos e da coerência global. Arquiva conhecimentos e valores sociais e individuais. Articula-se essencialmente com três sistemas: lingüístico, enciclopédico e pragmático. A esses elementos unem-se importantes formas de organização do conhecimento: roteiros, quadros, esquemas (esses elementos cognitivos criam esquemas de expectativas que podem predizer intenções e conteúdo de um texto).
Memória de médio prazo: seleciona, preserva informações relevantes e vai refazendo uma hipótese daquilo que trata o texto.
Memória de curto prazo: limitada, cria unidades de sentido,