gramatica
Soirée Futurista, Milão 1911
Boccioni. 1994, Veriag gerd Hatge, Stuttgart. pg. 51
O pintor e escultor Umberto Boccioni foi o mais importante teórico do Futurismo.
Formou-se em Roma, com Gino Severini, no ateliê de Giacomo Balla, nos primeiros anos do século XX. Aprendendo a pintura neo-impressionista, tornou-se um mestre menor do divisionismo italiano. Fixou-se em Milão, onde conheceu Marinetti, em 1908, e, em 1909, aderiu ao Futurismo, com Balla, Carlo Carrà e Luigi Russolo, assinando com eles o Manifesto dos pintores futuristas, em 1910; no mesmo ano, redigiria o Manifesto técnico da pintura futurista. Convocado para lutar na Primeira Grande Guerra, serviu na artilharia, em Sorte, próximo a Verona, onde morreu após uma queda de cavalo durante exercícios militares. Sua produção artística e intelectual fluiu até 1916, ano em que publicou em Nápoles O Manifesto dos Pintores Meridionais. Expôs em Paris, Londres, Roma e nos Estados Unidos (São Francisco).
A sensação dinâmica é o principal valor de sua arte - a ação que se traduz na pintura pela prática das técnicas neo-impressionistas, associadas aos princípios do Cubismo, particularmente depois de seu contato em Paris com Pablo Picasso e os outros cubistas em 1912. Sua pintura abordou temas político-anarquistas, cenas de grande movimentação de figuras em tensão dinâmica e mesmo composições quase abstratas, articuladas pelas linhas-força. Foi inovador na escultura, rompendo com a tradição de Rodin e procurando solucionar todos os aspectos da forma dinâmica na linguagem tridimensional. Suas esculturas ultrapassaram a questão do movimento absoluto para um movimento relativo, estabelecendo uma tensão e fusão da forma e do espaço, que se interpenetram. Realizou, ainda, experiências com materiais não tradicionais da escultura, justapondo e articulando vidro, madeira e couro, em trabalhos que chamou de polimaterici (polimatéricos).