Grafiteiros
Todas as ações das tribos aqui enumeradas e de outras aqui ausentes estão ligadas á produção artística: música, poesia e pintura, especialmente, na medida em que o mundo da arte é em essência transgressor.
A música é produto cultural mais evidente.
Vale a pena observar que, se bem cada década a partir dos anos 50 foi marcada por um estilo pop, isso não aconteceu a partir dos anos 2000.
Os anos 70 produziram o heavy metal, o reggae, o punk e o disco.
Nos anos 80 vimos aparecer o rock gótico e o hip hop.
Nos anos 90 curtimos o rock eletrônico, rave e tecno. Mas nossa época produziu o quê? É a pergunta que se faz o crítico Simon Reynolds em artigo publicado no The New York Times no começo do ano. – “A ausência de contemporaneidade é uma marca da cultura pop atual” – diz. A razão da falta de uma produção cultural que represente o início do século XXI estaria na velocidade e enorme capacidade de informação que a tecnologia nos oferece – you tube, ipod, blogs, iTunes, TV, vídeos, etc.
A impressionante quantidade de informação musical disponível contribuiria para “afogar” a criação de jovens que estão absorvendo “cinco anos de pop numa confusão frenética”.
Essa atemporalidade de linguagem se manifesta também em outras artes como no cinema, artes plásticas, literatura.
1) Os grafiteiros
O que faz com que um jovem vire grafiteiro ou writer? O amor pela arte?
A pobreza? A falta de significação? A periferia e seus problemas? O risco? O visual? Qualquer uma dessa resposta não esconde o protesto que surge latente e, muitas vezes aparente, na cultura grafitti Protesto contra uma cultura moralista e envelhecida por normas obsoletas. Tags (assinaturas) e letterings (inscrições com letras) são utilizados para dar vazão a necessidades íntimas. Quais são elas? Mais do que se grafita (isto em especial com os pichadores) interessa é