Grafite
O primeiro uso do mineral grafita está perdido na mística do tempo. O homem primitivo usava grafita para desenhar nas paredes das cavernas e os egípcios para decorar objetos cerâmicos. Já no ano 1400, encontram-se notícias da manufatura de cadinho de grafita no distrito de Haffnerzell, na Bavária. Na Idade
Média, a grafita foi confundida com outros minerais, especialmente, galena e molibdenita. Somente em 1779, SCHEELE determinou a composição do mineral, demonstrando que o mesmo poderia se oxidar e produzir dióxido de carbono.
Em 1789, T. WERNER designou o nome de grafita a esse mineral, derivado do grego graphein, que significa escrever. Durante o século XVIII ainda se acreditava que a grafita fosse um composto constituído de ferro e carbono, quando, então, J.
BERZELIUS demonstrou que o mineral usado para escrever era formado de carbono puro. O termo plumbago, do latim plumbum, que significa chumbo, de onde, supostamente, a grafita teria origem, foi mais uma identificação incorreta do mineral (Taylor Jr., 1994).
A grafita natural, oriunda de metamorfismo do carbono orgânico ou de rocha carbonatada, chega ao mercado em três variedades: flocos cristalinos, microcristalina ou amorfa e em veios cristalinos ou lump. Todos esses tipos de grafita são identificados por meio de características físicas e químicas, cujas propriedades básicas são: maleabilidade, absorvência, inércia química, elevadas condutividades térmica e elétrica, bem como excelentes propriedades refratárias, dentre outras.
As reservas mundiais de grafita somam cerca de 390 milhões de toneladas, das quais 56% estão localizadas na China e 27% no Brasil. A produção mundial de grafita é cerca de 800 mil t/ano. Destacam-se como maiores produtores China,
Índia, Brasil, México e República Tcheca, que respondem por 85% da produção mundial A demanda de grafita no Brasil é a seguinte: indústria siderúrgica e fundição
80,0%; baterias