Graduação
Jociane André de Borba
Cada vez mais percebemos a preocupação em relação ao sistema educacional no Brasil, pesquisadores revelam um sistema ultrapassado e inútil para a sociedade atual, que busca cidadãos reflexivos e participantes desse movimento, no tempo e espaço, que chamamos de vida. Cada época histórica tem seu jeito particular de produzir sujeitos e reinventar o ser humano, moldando nosso jeito de ser, com seus saberes e poderes, tornando-nos sujeitos e objetos da história.
Vivemos inseridos numa rede de relações extremamente complexa, recebemos diversos papéis sociais e aprendemos a exercê-los de maneira simultânea. Esse aprender está ligado aos conhecimentos no qual o sistema escolar insisti em fragmentar, ou melhor, em que simplificamos para compreender de maneira reduzida, como se fosse possível desligar um conhecimento do outro.
Um exemplo é pensar sobre diretos humanos e não conecta-lo aos diversos aspectos da vida do ser humano, pensar no todo em relação às partes e não vive versa. A teia, no qual comenta Egar Morin, é constituída de diversos pontos e interliga um fio ao outro, onde para compreender um fato eu necessito de outro fato, de outro apoio, de outro olhar...
Por atuar com as séries iniciais do ensino fundamental, a fragmentação nos conteúdos escolares não é tão visível, mas não que isso venha ocorrer. Quando pensamos em conhecimento, existe uma pré-disposição em reduzi-los e nomea-los a áreas distintas, numa tentativa de conceitua-los e explica-los, esquecendo que todas as áreas são e estão numa área chamada “ser humano”.
Existe a possibilidade do trabalho dos “conteúdos”, exigidos pelo governo, de maneira interligados, não é tão fragmentado como as séries finais ou o ensino médio e a graduação, mas no momento em que eu avalio este aluno, é preciso fragmenta-lo na busca dos seus saberes. A ideia da escola numa visão capitalista ainda é forte, onde trabalho com datas comemorativas