Graduação
A autora começa o texto fazendo um apanhado de vários historiadores que interpreta o movimento de ideias no Brasil, durante o 2° reinado, como uma mera imitação de ideias europeias. Contudo, a autora logo destaca que tais ideias políticas e sociais, não foram pobremente imitadas pelas forças reformadoras brasileiras (geração de 1870), o que ocorreu foi uma criteriosa seleção de ideias que circulavam pelo mundo europeu, o uso que os reformistas fizeram dessas ideias nos leva a pensar em uma apropriação de ideias. Disso decorre que os membros da geração de 1870, selecionaram de acordo com seus interesses, as ideias para aplicarem no contexto brasileiro. Nesse primeiro tópico são explicitados os três conceitos chaves para trabalhar esse movimento de apropriação de ideias.
O primeiro é o de repertórios de ações coletivas. Sabemos hoje que esse movimento da geração não foi um movimento estritamente intelectual, esses homens eram também ativistas políticos. Assim os repertórios são formas de pensar e agir surgidas em momentos de conflitos políticos. São compostos por sujeitos e por isso temos reinterpretações e usos não óbvios, conforme as conjunturas. O segundo seria estrutura de oportunidades políticas que propicia a formação do movimento (geralmente movimentos aparecem quando mudanças estruturais acarretam crises no arranjo político entre elites), cabe no caso do movimento da geração de 1870, saber qual das oportunidades políticas o gerou. O terceiro conceito, o de comum idade de experiência, serve para a estrutura de oportunidades políticas a apropriação de ideias. Através desses conceitos é que se mostrará como que a geração de 1870 utilizou ideias europeias como meio de contestação política no 2° reinado.
As razões da mobilização
O movimento analisado surge em um momento a desagregação da formação