Graduação

Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Ciências Humanas e Sociais
Escola de Biblioteconomia
Filosofia da Ciência e Tecnologia – Prof. Orlando
Aluna: Cíntia Teixeira Lima – 20102331039
HUNZRU, Hari. Genealogia do Ciborgue. In: HARAWAY,D.; HUNZRU, H.;
TADEU, T. (Org.). Antropologia do Ciborgue. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.
p. 119-126.
De acordo com o “Genealogia do Ciborgue”, o autor, Hari Hunzru, elucida que a palavra ciborgue tem um quê de implausibilidade que faz com que muitas pessoas a vejam como mera fantasia. Entretanto, os ciborgues reais estão entre nós por mais de cinquenta anos, onde o primeiro rato de laboratório foi o primeiro ciborgue do mundo, provido de um experimento do Hospital Estadual de
Rockland, Nova York, no final dos anos cinquenta. A experiência consistia em implantar no corpo do rato uma pequena bomba osmótica que injetava doses precisamente controladas de substâncias químicas que alteravam vários de seus parâmetros fisiológicos, se transformando assim em metade animal metade máquina. O rato de Rockland é um dos astros de um artigo intitulado“Ciborgues e espaço”, escrito por Manfred Clynes e Nathan Kline, em 1960. Esses dois eram engenheiro e psiquiatra, respectivamente, inventaram o termo ciborgue
(abreviatura de “cybernetic organismo”, para designar o conceito de “homem ampliado, um homem melhor capacitado e adaptado aos rigores da viagem espacial. Clynes e Kline imaginavam um futuro astronauta cujo coração seria controlado por injeções e anfetaminas e cujos pulmões seriam substituídos por uma “célula energética inversa”, alimentada por energia nuclear.
O ciborgue era uma espécie de sonho científico e militar. Em meados dos anos sessenta, os ciborgues representavam um grande negócio, com milhões de dólares da Força Aérea estadunidense sendo canalizados para projetos de construção de exoesqueletos, braços robóticos do tipo mestre-escravo, dispositivos de biofeedback e sistemas