graduação em ciências sociais
Inicialmente, a Primeira Guerra Mundial envolveu as quatro principais potências econômico-militar da Europa naquele princípio do século XX: França, Inglaterra, Rússia e Alemanha. Países historicamente rivais, por muitas vezes ao longo dos séculos, envolvidos entre disputas as mais diversas: religiosas, territoriais, políticas e econômicas. O sentimento de superioridade sempre foi uma característica destes Estados, que favorecia uma amplitude de competições e a exaltação dos orgulhos nacionalistas. Essa foi a principal características das potências imperialistas daquela época.
Assim, as mudanças ocorridas na Europa no final do século XVIII - as quais influenciaram significativamente todas as sociedades - e o surgimento do capitalismo industrial, serviram novamente como catalisador de mais disputas, intensificou a defesa dos interesses nacionais, acirrou a busca por novos mercados e influência política, enfim serviu para aprofundar as diferenças já existentes, além de criar outras disputas sempre como consequência da busca por superioridade e agora também por mais consumidores e capitais, territórios coloniais e matéria prima.
A Inglaterra, primeira nação a lançar as bases desta nova realidade capitalista através da Revolução Industrial, ainda gozava das vantagens das descobertas, melhorias dos métodos de acumulação e desenvolvimento tecnológico: a máquina a vapor e a massificação dos processos produtivos promoveram profundas mudanças na sociedade, inclusive a busca por oportunidades de emprego nas cidades e o abando da vida rural, impactando na formação de um mercado interno para seus produtos industrializados, além claro, da expansão comercial ultramarina facilitada pela grande capacidade de navegação da Marinha Britânica. Apesar das evidentes vantagens de ser pioneira – por muito tempo esteve só na exploração e expansão industrial e comercial - o surgimento de novas potências industriais diminuiu a abrangência da