Globalização, democracia e produções simbólicas: curso de graduação em ciências sociais
Dos anos 1950 até as décadas do séc. XX. Sociedade da abundância: pela primeira vez, as massas têm acesso a uma demanda material mais psicologizada e mais individualizada, a um modo de vida (bens duráveis, lazeres, férias, moda) antigamente associado às elites sociais. Segundo Gilles Lipovestsky vivemos em uma sociedade moderna, onde tudo se renova a cada instante, tudo deve ser mais rápido, mais novo e mais eficiente ou seja, é a lógica do sempre mais, sem se saber ao certo aonde isso vai dar. Mas essa nova modernidade é uma modernidade integradora: ela não nega o anterior, recicla-o, de acordo com as lógicas modernas do mercado. O passado ressurge, a inquietação com o futuro substitui a expectativa com o mesmo, as operações e os intercâmbios se aceleram, o tempo é escasso, o presente se faz extremamente importante.
Os indivíduos hipermodernos são ao mesmo tempo mais informados e mais desestruturados, mais adultos e mais instáveis, menos ideológicos e mais tributários das modas, mais abertos e mais influenciáveis, mais críticos e mais superficiais, mais céticos e menos profundos. O sistema pós-fordista que se impõe é acompanhado por profundas alterações nos modos de estimulação das demandas, nas fórmulas de venda, nos comportamentos e nos imaginários de consumo. Essas transformações prolongam uma dinâmica econômica começada no fim do séc. XIX e inscrevem-se na longa corrente individualista da felicidade.
Em relação ao consumo e a média: os meios de comunicação (desde os tradicionais, como jornal, rádio e TV, até as redes cibernéticas da atualidade), aliados ao marketing e às mais sofisticadas técnicas de vendas, desempenham papéis estratégicos na naturalização do nosso estilo de vida e dos nossos níveis de consumo. Estes são os valores de uma sociedade de hiperconsumo.
Segundo Lipovetsky se os desvios juvenis são uma das consequências da falência dos