Graduando
História do Nordeste – Departamento de História
Resumo: O que faz ser nordestino
Recife, Fevereiro 2013.
O estudo de Maura Penna trata da identidade do nordestino em São Paulo e aborda o preconceito que ele enfrenta. A autora faz um levantamento, na imprensa, de diversos artigos e situações, na época em que a paraibana Luísa Erundina venceu as eleições para a prefeitura, que mostram a xenofobia dos paulistanos. Os migrantes nordestinos aparecem no plano do visível e do invisível, que ocupam os poros da metrópole. Eles não estão somente nos espaços de aglutinação, concentração, mas aparecem na forma de trabalho e não trabalho no processo de formação da metrópole. As imagens e os discursos unificadores sobre o “Nordeste” como região do atraso têm impedido a investigação das injunções práticas tanto das disposições cognitivas quanto dos constrangimentos ambientais e socioeconômicos na renovação das práticas produtivas em contextos locais nordestinos. Para entender como surge o estereótipo do nordestino como resistente à mudança será resgatada a origem de tais imagens e discursos, como lembra muito bem Durval Muniz.
De acordo com Maura Penna, "a identidade ideológica – cultural e a representatividade política que especificam o espaço como regional são "construídas" pelo regionalismo..."(PENNA, 1992, p. 20). Em consequência disto, a identidade não está na condição de nordestino, mas sim no modo como esta condição é apreendida e organizada simbolicamente. Percebe-se assim, que determinados enunciados audiovisuais se produziram e permaneceram como representações do Nordeste, como sua essência. É preciso questionar a própria ideia de identidade, que é concebida como uma repetição, uma semelhança de superfície. Porém, apesar desses clichês e estereótipos do Nordeste a ser propagados no contexto geral da indústria cultural. A onda