Graduanda
Periferias, guetos e rebeliões: por uma sociologia política das “cirites” [na França]
(Pesquisa etnográfica e de campo)
Diagnostica as ações nem sempre governamentais para a situação das periferias.
Em suma: há a concentração de problemas sociais o que acaba por reforçar as diferenças sociais dos aglomerados urbanos. Não são comparáveis ao Brasil, tratando-se, portanto, de uma pobreza relativa que nos padrões franceses são acentuadas.
Por sofrerem de mazelas das quais se destacam, por exemplo, a desigualdade e o preconceito social e étnico, acabam por não participar ativamente da vida política e quando o fazem, torna-se perigoso.
Os problemas políticos dos problemas nas relações sociais: as políticas públicas das cidades não impedem a guetização, mas sim, ampliaram o sentimento de inferioridade. Portanto, se é de ordem política [o problema], a solução também a é.
Tem-se a seguinte questão: como favorecer as periferias no espaço comum e das demandas de reconhecimento?
Refazer o espaço comum grego (habitação social) – jogo entre os sentido urbano X filosófico.
Pontos da Pesquisa:
1) Peso da representação da imagem da periferia;
2) Transformação histórica da periferia relacionada à relação de escape daquela imagem;
3) Dimensão política: revoltas ( que ocupam um lugar político)
Bairros populares ocupam um lugar particular e global de imagem principalmente a partir da revolta de 2005. (Imagem: possui diversas consequências de medo múltiplo: islã*, tráfico, machismo, não perspectiva de futuro dos jovens; que não são invenção teórica, são empíricos). *aparentemente é contra as ideias de república
Os medos não são puramente construídos. Há-se nas periferias 3 ou 4 vezes mais desempregados, o controle masculino e religioso (moradores de periferia são em sua maioria imigrantes negros e islâmicos). Reforçam a estigmatização, conduz um olhar de inferiorização, “pobres maus”, o que contribui para um olhar de marginalização.