graduado
A busca por maximizar o poder foi a tônica de toda a Guerra Fria. Inicialmente, a ampliação das zonas de influência estadunidense e soviética no mundo foi em decorrência da necessidade dessas potências de projetar poder sobre os países do sistema internacional. O domínio político e ideológico de um Estado sobre o outro traduz a forma realista de entender o poder no sentido mais cristalino do conceito.
Ora, a disputa soviético-americana baseava-se, sobretudo, na desconfiança, no medo que um Estado impunha ao outro e, segundo Hobbes (cap. XIII), para suplantar essa desconfiança o meio razoável seria a antecipação, isto é, “pela força ou pela astúcia, subjulgar as pessoas e todos os homens que puder, durante o tempo necessário para chegar ao momento em que não veja qualquer outro poder suficientemente grande para ameaçá-lo”. No sistema internacional, essa ideia hobbesiana legitimou a busca por ampliação das zonas de influência.
As zonas de influencia foram surgindo conforme iam se desenhando os movimentos emancipatórios pelo globo. Até 1945, a periferia do sistema internacional era tida como objeto e não sujeito da história mundial. A partir de 1960 alguns acontecimentos alteraram essa conjuntura, sendo eles: a vitória dos comunistas na China, a decomposição dos impérios