Graduado
Dirigido por Jean-Jacques Annaud, o filme A Guerra do Fogo (La Guerre du feu, 81, FRA/CAN) remonta um período pré-histórico de 80.000 de anos atrás quando grupos de hominídeos pré-históricos lutam entre se pela conquista do fogo.
A conquista do fogo pode ter sido algo decisivo na evolução da nossa espécie. Cozinhar a comida, por exemplo, representa uma inovação, visto que, o calor elimina bactérias e deixa o alimento mais mole para a mordida e mastigação.
As primeiras cenas do filme são noturnas e mostram um grupo de hominídeos vivendo dentro de uma caverna em volta de uma grande fogueira. Enquanto uns dormiam outros cozinhavam carnes diretamente sobre as brasas da fogueira. Na cena uma sentinela que guarda a entrada da caverna se alimenta de um inseto que voa em volta do jogo. Quando essa sentinela percebe pelos uivos a presença de lobos retira uma estaca da fogueira e a lança sobre os animais. Ao amanhecer os hominídeos pressentem pelo olfato a presença de mais um perigo desta vez um grupo de hominídeo rival bem mais peludo e aparentemente mais forte e trava-se uma batalha pela conquista do fogo.
Essas cenas nos possibilita fazer diversas inferências sobre os primeiros hominídeos: a forma como manuseiam o fogo para assar a carne nos sugerem que eles ainda não haviam desenvolvidos utensílios e que usavam o fogo como defesa contra o frio e outros animais predadores.
Entre os hominídeos uma pequena chama de fogo é mantida dentro de uma caixa de osso protegida por uma coberta de couro e mantida acesa por uma espécie de guardião do fogo. Isso nos faz entender que o fogo era mantido aceso de forma ritualística e que os grupos rivais lutam entre se, arriscando suas próprias vidas, para roubar o fogo um do outro. Sempre que o um grupo rival ataca, tenta domar o fogo e no êxito apaga todos os vestígios de chamas deixando o vencido desprovido de calor e defesa. O filme apresenta três grupos distintos de hominídeos: um bastante peludo e agressivo