Graduado
Apesar das conclusões generalistas que o material coletado apresentou sobre as potencialidades do projeto ético político, é possível considerar que, apesar de todos os obstáculos existentes e persistentes na atualidade, o Serviço Social vem conseguindo uma inserção e relativa legitimação (ainda que ambíguas) na divisão social do trabalho. Através das instituições onde os profissionais se encontram inseridos, desenvolvem ações socioeducativas e assistenciais (tanto no atendimento direto aos usuários quanto assumindo posições de gestão e planejamento) visando atender as demandas e necessidades sociais de seus usuários e assim produzir resultados concretos nas diversas dimensões da vida destes sujeitos. Observou-se também que o constructo do Projeto Ético Político deve ser compreendido como construções coletivas que permitem a produção de determinadas direcionalidades profissionais que envolvem valores, compromissos sociais e princípios que poderão ser efetivados satisfatoriamente a partir de uma permanente discussão e aceitação das diversas possibilidades de atuação e intervenção pelos profissionais.
A compreensão do espaço de relativa autonomia presente na atuação do Assistente Social (IAMAMOTTO, 2009) consiste na existência de um espaço autônomo e independente, durante o exercício profissional, onde os assistentes sociais direcionam socialmente seu exercício e sua intervenção junto à clientela/usuário dos seus serviços. Em outras palavras, no momento do atendimento ou intervenção profissional, existe um poder técnico a ele legitimado que lhe permite direcionar suas ações de acordo com suas convicções profissionais. Este direcionamento