Graduado
Antônio Carlos Robert MORAES: Geografia – Pequena História Crítica: RESUMO CAP. 5/6
Ratzel e a Antropogeografia
No último quartel do século XIX as obras do autor Friedrich Ratzel deram novo impulso à sistematização da Geografia. Ele vivencia nesse período a constituição do estado alemão e seus ideais contidos em suas obras seriam um poderoso instrumento de legitimação do processo expansionista alemão.
O processo de unificação e prussianização do Estado Alemão são caracterizados por sua organização militarizada, forte repressão social interna e uma agressiva política exterior. Através desse processo a Alemanha estimula uma politica cultural nacionalista onde os próprios elementos da situação de atraso social são peculiaridades do ‘’espirito’’ ou da ‘’alma’’ alemã. Tal ideologia assentava-se numa politica exterior agressiva e expansionista.
No contexto Europeu a Alemanha emergia como mais uma unidade capitalista e industrializada, porém sem colônias. Isso alimentava um expansionismo latente, que aumentaria com o próprio desenvolvimento interno. Esses fatores deram demasiada importância ao espaço e, por conseguinte, a Geografia.
O principal livro de Ratzel é a Antropogeografia – fundamentos da aplicação da Geografia à História; pode-se dizer que esta obra funda a Geografia Humana. Nela, Ratzel trata das influências que as condições naturais exercem sobre a humanidade, atuando na sua fisionomia, psicologia, formação social em relação aos recursos contidos no espaço, aceleração do expansionismo de dado povo em virtude das condições naturais, isolamento e mestiçagem. Ele acreditava que a sociedade era um organismo que mantém relações duráveis com o solo, manifestado, por exemplo, nas necessidades de moradia e alimentação. Para conquistar sua liberdade, segundo ele, o homem precisaria utilizar os recursos naturais, e o progresso estaria ligado à utilização desses recursos. Ele relaciona também o