Graduada

CASO CLÍNICO- DISCIPLINA DE RACIOCÍNIO CLÍNICO
PROFª SABELLA – 12/04/2013

A.A.V.F., 37 anos, grávida é atendida em consulta de Medicina Materno-Fetal desde às sete semanas de gestação por hipertensão arterial crónica (H.T.A.) e obesidade.
Às 23 semanas de gestação foi diagnosticado diabetes gestacional, tendo iniciado insulina de ação intermediária (6 UI/dia).
Às 32 semanas recorreu ao serviço de urgência por dor epigástrica súbita e vômitos alimentares. Negava alterações da visão, cefaleias ou uso de medicamentos ou alimentos que pudessem causar tal sintoma. Negava a ocorrência de episódios semelhantes, assim como patologia gastro-intestinal nos seus familiares.
Na observação apresentava: bom estado geral, hipertensão arterial — 177/98mmHg, temperatura axilar — 36.6 C, glicemia capilar —120 mg/dl, proteinúria — negativa; escleróticas anictéricas, palpação abdominal dolorosa nos quadrantes superiores, restante do exame clínico sem alterações. A observação obstétrica revelava útero de volume adequado à idade gestacional apresentando movimentos fetais.
O cardiotocograma evidenciava um feto reativo e não registava contrações. Dos exames analíticos salientava-se leucocitose e ligeiro aumento da Aspartato Aminotransferase (AST – 56 IU/L). Internada por hipertensão arterial agravada pela gestação. Foi instituída soroterapia, monitorização da P.A. e perfil glicêmico, e vigilância de bem-estar fetal.
No segundo dia de internação, a gestante apresentava valores pressóricos normalizados, com agravamento das epigastralgias e vômitos. A palpação abdominal revelava aumento do volume e dor à palpação nos quadrantes superiores. Laboratorialmente verificava-se agravamento da leucocitose (17 700/nirn3). O estudo ecográfico abdominal revelou imagens compatíveis com colecistite aguda, litíase e pancreatite aguda. Perante este quadro clínico foi posto o diagnóstico de Pancreatite aguda. A terapêutica inicial associou, jejum oral, sonda nasogástrica aberta,