Graduada
Instituto de Ciências Humanas
Departamento de Psicologia
Raissa
TRANSTORNOS ALIMENTARES
Juiz de Fora
Julho de 2014
Os transtornos alimentares caracterizam-se por uma acentuada perturbação do comportamento alimentar, que desafiam nosso entendimento pois alimentar-se é, desde os primórdios, associado a sobrevivência, ao alívio de tensão (fome) e a satisfação (prazer) (Cabrera, 2006).
No transtorno alimentar, por razões muito próprias, as pessoas experimentam ansiedades, medos ou culpas relacionadas a sua alimentação; ideias obsessivas associadas à imagem ideal de magreza e distorções na percepção da própria imagem corporal costumam levar a recusa deliberada de alimentos, apesar da fome, a ponto de por em risco a vida dessas pessoas, como acontece na anorexia nervosa. Por outro lado, uma pessoa com transtorno alimentar também pode, durante a noite num impulso, iniciar uma orgia alimentar numa refeição solitária e secreta, onde os alimentos são ingeridos rapidamente até o esgotamento do alimento ou da capacidade de ingestão, seguido de intenso desconforto físico e moral, como se percebe na bulimia nervosa. (Cabrera, 2006).
Ainda segundo Cabrera (2006), os transtornos alimentares são patologias psiquiátricas com apresentações distintas e critérios diagnósticos bem definidos. Aparecem predominantemente em mulheres (90%) de todas as classes sociais, em faixa etária cada vez mais ampla (13-21, média 17 anos), com evolução fatal quando não tratados, em função da gravidade da doença ou das consequências desta. O tratamento dessas patologias é longo e difícil e vem motivando inúmeros estudos no Brasil e no mundo.
Vários estudos epidemiológicos demonstram um aumento na incidência de alguns dos Transtornos Alimentares concomitante à evolução do padrão de beleza feminino em direção a um corpo cada vez mais magro, o que fortalece sua conexão com fatores sócio-culturais (Ballone,