Graduada

A política de redução de danos teve início na Holanda, em 1970, embora houvesse histórico de ação em 1920, 1930 em Rolleston, um condado no interior da Inglaterra, que tinha uma espécie de centro de saúde.
Estabeleceu-se na Holanda após usuários de drogas injetáveis começarem a se organizar politicamente porque muitos dos mesmos começaram a morrer pelo vírus HIV. A solução foi a distribuição de novas seringas, já que havia o compartilhamento das mesmas, pois a compra de drogas era prioridade dos dependentes das substâncias psicoativas.
O RD, como é chamada, tem como objetivo a elaboração de políticas e estratégias práticas a fim de reduzir, prevenir ou eliminar possíveis danos decorrentes do consumo de drogas.
Essa política de prevenção, controle e tratamento em relação as drogas propõe que a sociedade reconheça e aceite a existência do uso de drogas e que os usuários não querem ou não conseguem parar. Assim, promove soluções para os problemas de substâncias psicoativas sem que seja necessária a abstinência, respeitando e protegendo os direitos humanos.
O que há atualmente é uma forte criminalização do uso e dos usuários de drogas no Brasil, seja por conta do forte conservadorismo do país, por conta de uma intensa política pública que atribui os problemas de violência etc do país às drogas, por conta de leis restritivas e pelo abuso de práticas policiais, ou por conta da falta de informações corretas sobre o assunto.
A política de redução de danos complementa outras medidas que visam diminuir o consumo de drogas como um todo, reduzindo as consequências adversas para a saúde, sociais e econômicas do uso de drogas lícitas e ilícitas, sem necessariamente reduzir o seu consumo, levando em conta fatores que podem tornar as pessoas que usam drogas ainda mais vulneráveis, como idade, gênero e classe social