graduada

Resumo do Capítulo I, “Quando não havia crianças”, do Livro “O Desaparecimento da Infância”, de Neil Postman.

Segundo o autor, nos dias de hoje as crianças e adultos estão cada dia mais parecidos. Roupas e brincadeiras seguem os padrões adultos e abandonou-se as brincadeiras tradicionais, com características infantis. Esquece-se que adultos e crianças são diferentes. O autor ainda coloca que essa falta de atenção especial com a infância vem desde a Grécia Antiga, inclusive sendo permitido até o infanticídio. Os pais não desenvolviam uma relação de empatia com os filhos. Porém, com o surgimento das escolas, os gregos já davam um prenúncio da idéia de infância através da atenção que davam à educação, à escolarização. Na Roma antiga, também se dava destaque à educação e junto com o reconhecimento da infância, surgiu também a noção de vergonha, que procurava poupar as crianças e o jovens dos “segredos dos adultos”, principalmente os de cunho sexual. Porém, com o colapso do Império Romano, muito do que tinha sido construído em torno da infância foi abandonado, inclusive a “alfabetização social”, aquela que abrange um grande número de cidadãos decaiu e prevaleceu a “alfabetização corporativa”, que beneficiava uma minoria privilegiada. No mundo medieval, não havia qualquer concepção de desenvolvimento infantil e de pré-requisitos de aprendizagem seqüencial. Era inexistente também a concepção de escolarização como uma preparação para o mundo adulto, assim como o conceito de “vergonha”, moral, tal como entendido no mundo moderno. A falta de alfabetização, do conceito de educação e do conceito de vergonha foi a razão pela qual o conceito de infância não existiu no mundo medieval.