Graciliano ramos
Nascido em 27 de outubro de 1892, em Quebrangulo, sertão de Alagoas, era o primeiro dos dezesseis filhos de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Cresceu nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE) enfrentando não só a seca, mas também as surras aplicadas pelo pai, fato que o fez acreditar desde cedo que todas as relações humanas se movem pela violência.
Graciliano Ramos atuou como revisor e escritor em diversos jornais e revistas pelos lugares em que passou. Em 1904, criou o jornal o Dilúculo, dedicado às crianças; participou do Echo Viçonsense, no qual, trabalhava como redator Mário Venâncio seu mentor intelectual, e cujo suicídio em fevereiro de 1906, pôs fim ao respectivo jornal. Em 1905 freqüentou por pouco tempo o Colégio Quinze de Março, em Maceió. Em todos os jornais em que colaborou, Graciliano adotou diversos pseudônimos, tais como: Feliciano de Olivença (com o qual começou a publicar sonetos na revista O Malho), Almeida Cunha, S. de Almeida, Soares Lobato, Soares de Almeida Cunha e Lambda. Em 1910 o Jornal de Alagoas, do qual também era colaborador, move um inquérito literário contra o escritor; em outubro do mesmo ano Graciliano muda-se para Palmeira dos Índios, aonde, após diversas idas e vindas, casa-se com Maria Augusta Ramos em 1915. Após cinco anos, em 1920, falece sua esposa deixando-o com quatro filhos pequenos.
Graciliano é eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios em 1927 e empossado no ano de 1928. Em 1932, renuncia ao cargo de prefeito e muda-se para Maceió onde é nomeado diretor da Imprensa Oficial; casa-se com Heloisa Medeiros, e colabora com jornais sob o pseudônimo Lúcio Guedes. Após um curto período, pede demissão do cargo e retorna para Palmeira dos Índios, funda uma escola no interior da sacristia da igreja Matriz e escreve os primeiros capítulos de São Bernardo. Em 1933 lança seu primeiro livro, Caetés, que vinha escrevendo desde 1925. Em 1934, falece seu pai em Palmeira