Governo De Médici Logo após o breve período da segunda junta militar, no dia 30 outubro de 1969, tomou posse da presidência da republica o general Emílio Garrastazu Médici. Seu governo foi paradoxal: ao mesmo tempo, o mais popular e o mais repressor dos governos militares. Assim que assumiu a presidência, entrou em vigor uma emenda constitucional que confirmava todos os atos institucionais anteriores e acrescentava dezenas de outros artigos. Um deles estendia para cinco o mandato presidencial que era de quatro anos. Com a Força concedida através do AI-5, os movimentos oposicionistas passaram a ser durante reprimidos. Inúmeras prisões foram realizadas, pessoas foram torturadas e vários oposicionistas deixaram o país. Muitos presos desapareceram, outros morreram na cadeia. Não era raro, após a morte, a família receber um comunicado do governo informando que o parente preso havia cometido suicídio. A fase das megaconstruções ou, como se dizia na época, “construções faraônicas”, já começaram no governo Costa e Silva, com o inicio das obras na ponte Rio-Niterói. Porém, foi durante o governo Médici que o 1º Plano Nacional De Desenvolvimento (PND) chegou a sua expressão máxima. As obras da ponte citada foram aceleradas, e foi iniciada a rodovia Transamazônica. Um acordo com o Paraguai deu inicio aos trabalhos para a construção da Usina de Itaipu. Futuramente, o Aeroporto Internacional de Guarulhos e a Usina de Angra dos Reis, entre outros, ambos os projetos iniciados na administração Geisel, também fariam parte desse boom de desenvolvimento. A questão e: de onde vieram os recursos para tamanhos investimentos? Grande Parte deles resultaram de empréstimos internacionais, que colaboraram para o aumento da divida externa e o surgimento de uma das piores crises inflacionárias de nossa história. Na época da administração Médici, esses projetos colaboraram muito para a ideia de que o Brasil vivia um “milagre econômico”, dando a impressão de que em pouco tempo