Sistema Genital
ATIVIDADE 1
Você lerá adiante um trecho da peça “Os três médicos”, de Martins Pena. Martins Pena foi um dramaturgo brasileiro do século XIX. Suas obras mostravam como ocorriam as relações sociais no cotidiano da vida brasileira. A cena se passa no Rio de Janeiro, no ano de 1845.
CENA I
(Sala em casa de MARCOS. Porta no fundo e à direita; mesa e cadeira.)
(MARCOS, sentado junto à mesa, e a seu lado ROSINHA e MIGUEL. MARCOS mostra no semblante abatimento.)
MARCOS - Meus filhos, pouco tempo poderei viver. As forças abandonam-me. Tenho o pressentimento que minha morte bem próximo está...
ROSINHA - Meu pai, não desanime! Espero em Deus que esta sua moléstia será passageira.
MARCOS - Passageira? Quando a vida assim se desorganiza é inevitável o seu fim.
MIGUEL - Esse temor é que pode tornar a moléstia grave, quando talvez seja ela ligeira, e em grande parte devida aos anos.
MARCOS - Devida aos anos é ela, mas não como pensas...Os anos a têm exacerbado. Deus o sabe como!
ROSINHA - Mas os médicos...
MARCOS - Que pode a medicina em moléstia como a minha? AOS MÉDICOS NÃO TORNO a culpa, que fazem Eles o que aprenderam, e o que podem. A ciência é muitas vezes ineficaz.
MIGUEL - Se meu pai consultasse a outro médico...
MARCOS - A outro? Que mais queres que eu faça? São poucos os que aqui têm vindo? O meu médico assistente, o Dr. Cautério, é homem de reputação bem adquirida.
MIGUEL - Não contesto. Antigo, rotineiro e feliz muitas vezes, mas se meu pai não tem colhido vantagem com seu tratamento, para que não chama, por exemplo, um médico homeopata?
ROSINHA - Assim é.
MARCOS - Não creio na homeopatia.
MIGUEL - Se a não conhece! Peço-lhe um favor: um de meus verdadeiros amigos é o Dr. Miléssimo. Há pouco que chegou de Paris, aonde estudou com muita aplicação a homeopatia. Permita que venha ele fazer-lhe uma visita.
MARCOS - Debalde! Nada espero...
MANUEL - O que lhe custa? Deixe-o vir; talvez tire-se proveito.
ROSINHA - Eu estou persuadida que êle