Governo geisel
Ernesto Beckmann Geisel nasceu no Rio Grande do Sul, no dia 3 de agosto de 1907. Filho de alemães, estudou no Colégio Militar de Porto Alegre, onde se formou em 1924 como primeiro aluno da turma. Seguiu a carreira militar e participou de movimentos políticos, como a Revolução de 1930, a qual apoiava e lutou contra a Revolução Constitucionalista de São Paulo, em 1932.
Assumiu a Presidência do Brasil, em 15 de março de 1974. Seu governo foi marcado pelo início de uma abertura política e amenização do rigor do ditadura militar brasileira, onde encontrou fortes oposições de políticos chamados de linha-dura. Geisel enfrentou, durante seu governo, o fim do chamado "milagre brasileiro", onde ocorreu uma redução do crescimento econômico e a alta da inflação. Para superar esse quadro desfavorável, apresentou seu projeto de abertura política "lenta, gradual e segura com vistas à reimplantação do sistema democrático no país". O período foi marcado por conflitos políticos e sociais, uma vez que o processo de redemocratização entrava em choque com interesses dos militares. As mortes do jornalista Vladimir Herzog, em 1975, e do sindicalista Manoel Fiel Filho (1976) causaram uma série de manifestações políticas contra o governo e demonstraram que havia um conflito de interesses dentro do Estado.
Desde o início do governo Geisel, imprimiu-se uma nova orientação à política externa brasileira, substituindo o alinhamento automático com os Estados Unidos, privilegiado nos períodos anteriores, pela ampliação das relações diplomáticas e comerciais com países da África, Ásia e Europa. Nesse sentido, o Brasil foi o primeiro país a reconhecer o governo português formado em seguida à derrubada da ditadura salazarista, em 25 de Abril de 1974; foram reatadas relações com a República Popular da China e estabelecidas embaixadas em Angola, Moçambique, Guiné-Equatorial, entre outras iniciativas. Em 1975, buscando novas fontes de energia para o país, firmou o