Era paleozóica
Período Cambriano
O sistema Cambriano corresponde ás rochas sedimentares formadas durante o período Cambriano, facilmente reconhecíveis pelos fosséis característicos. Foi definido e designado por A. Sedgwick em 1836. O Cambriano é o período mais antigo da era Paleozóica. Sua duração foi de 70 milhoes de anos. A designinação vem de Câmbria denominação dos romanos davam ao país de Gales. A fauna do Cambriano foi descoberta por R. I. Murchison em 1839. Os fosséis-índices mais importantes são os trilobitas. Onde o sistema cambriano é sucedido pelo sistema Ordoviciano, limite superior do primeiro é determinado pelo brusco comparecimento da rica fauna do sistema mais jovem. No fim do Pré-Cambriano, já se diferenciavam cratos e geossinclíneos.
A escassez de calcário nas sequencias inferiores do Cambriano sugere que o clima não foi quente. No topo da serie Cambriana inferior, entretanto já ocorreram arqueociatídeos, sendo sua presença indicativa de mares quantes. A melhoria do clima é revelada, ainda pela ocorrência de evaporitos (por exemplo, gesso no geossinclíneo mediterrâneo de Marrocos). Não houve movimento orogenético durante o Cambriano. O extravasamento de lavas foi limitado, intensificando um tanto no Neocambriano.
Em contraste com o que se dá com as rocha pré-cambrianas, os sedimentos cambrianos são ricos em fosséis. Todos os filos animais já se representam, com exceção apenas cordados (para os que não aceitam os graptozoários como hemicordados); não ocorre, entretanto, nenhuma forma de habitat terrestre. Os elementos marinhos mais comuns forma os trilobitas. O seu clímax deu-se no fim do período. Só em casos exepcionais atingiram dimensões de mais de 40 cm (Paradoxides harlani, Mesocambriano). Em ordem decrescente de importância, seguem os braquiópodes (rusteláceos, linguláceos, ECT.). os arqueociatídeos (estruturas estravagantes cujos esqueletos calcários lembram tecas de corais isolados de parede dupla e dotada de poros), abundantes no