Governança
A expressão governança corporativa foi criada no início dos anos 90 nos países desenvolvidos, principalmente nos Estados Unidos, com o objetivo de definir regras de proteção contra interesses de acionistas controladores, acionistas minoritários e administradores (IBGC, 2009). Segundo Bednar (2012), a literatura sobre Governança Corporativa é bastante preocupada com o relacionamento entre acionistas e gerentes. Fama e Jensen (1983) em sua obra sugerem uma separação entre propriedade e controle das grandes empresas. Para Güttler (2011) a Governança Corporativa é o conjunto de práticas que objetivam aperfeiçoar o desempenho de uma empresa protegendo todas as partes interessadas, tais como investidores e gestores.
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC lançou em 2004 a 4ª edição do Código de Melhores Práticas de Governança Corporativa onde faz recomendações aos Conselhos de Administração, sócios, gestores, auditorias e Conselhos Fiscais.
Segundo Bednar (2012), os líderes da empresa podem decretar mudanças na governança para minimizar a perda de apoio social. Devido à assimetria das informações entre a administração e os meios de comunicação, a diretoria pode manipular algumas medidas do conselho para seu próprio benefício.
As alterações nas regras do mercado no Brasil expuseram as empresas à necessidade de se adequarem à competição estratégica e, consequentemente, a melhoria da gestão, que pode ser obtida pela entrada da Governança Corporativa (GÜTTLER, 2011).
De acordo com Salmon (2011), a Governança Corporativa possui o foco na melhoria do processo decisório, reduzindo a probabilidade de erros e o aumento da velocidade de correção dos erros, tendo os conselheiros e acionistas envolvidos no processo decisório. As boas práticas da Governança Corporativa dependem principalmente do envolvimento dos conselheiros que devem auxiliar os gerentes na tomada de decisões, os acionistas devem ter contato com os gerentes