Governança nas Empresas Familiares

1) Por que alguns empreendimentos familiares atravessam tantas gerações e outros não?
O bom desenvolvimento de uma empresa familiar depende de vários fatores e é necessária uma estrutura de governança na empresa e na família. Na empresa é indispensável um plano de sucessão que determine as regras que irão estruturar essas mudanças. É preciso preparar as novas gerações para que assumam o controle da empresa imbuídos dos valores e conhecimentos profissionais que irão consolidar cada sucessão.
Mesmo não existindo uma regra definitiva sobre modelos de governança, cada família deverá encontrar e solidificar aquela que melhor estruture seu empreendimento, e é de consenso que profissionalizar e preparar os herdeiros para a sucessão da empresa e da propriedade é fundamental.
Não se pode esquecer que os ambientes familiares e empresariais se misturam quando falamos de empresas familiares, a administração dos conflitos internos tornar-se tão importante quanto os planos de sucessão. Para tal situação sugere-se a criação do Conselho de Família que tem como principal função evitar que os conflitos familiares repercutam na empresa.
Tais aspectos estarão presentes em empresas familiares que atravessam muitas gerações, mas nunca de forma rígida, pois cada nova geração é um novo ambiente comercial que se inicia e todos que a formam precisam ter consciência e estarem abertas para tais mudanças.
2) Se você fosse um consultor, quais seriam suas recomendações para um grupo familiar que a 2ª geração acabou de assumir o comando?
Primeiro é preciso ter em mente que a sucessão é um processo complexo, pois é uma transição empresarial dentro de um ambiente familiar, ou seja, os envolvidos possuem algum grau de relacionamento.
Partindo do principio que em tal empresa teve um plano de sucessão bem estruturado, como consultor recomendaria que o fundador não fosse afastado totalmente da empresa, mesmo que ele não exerça mais uma função de gestão o mesmo pode, sempre que possível,