governança frigoríficos
COMPARATIVO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA ENTRE OS TRÊS FRIGORÍFICOS DE BOVINO LISTADOS NO MERCADO BRASILEIRO.
Sumário
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos anos o assunto governança corporativa tornou-se o assunto da moda em administração de empresas no país. Apesar de existir muita coisa falada e escrita, frequentemente confundimos o tema com proteção aos minoritários, que é um outro assunto. Existem diferenças entre a teoria americana e a realidade brasileira. Os americanos se baseiam no sistema de companhia de capital aberto, que eles chamam de “public companies”, ou seja, capital pulverizado e sem acionistas preponderantes. Na realidade brasileira, as companhias vão buscar recursos na bolsa, muitas vezes lançando ações sem direito a voto ou mantendo o controlador o controle absoluto das ações ordinárias.
A governança corporativa busca o alinhamento de interesses entre os acionistas e os executivos, porém no Brasil, normalmente o acionista controlador indica os executivos nas companhias abertas e a governança corporativa trata muito mais de uma questão de melhoria na gestão da empresa e proteção aos minoritários.
Em meados da década de 2000 o setor de frigoríficos no Brasil passou por uma profunda consolidação. Duas empresas participaram mais ativamente desse processo, são elas a JBS e a Marfrig. O resultado desse processo foi, naturalmente, a diminuição dos competidores no Brasil e o estabelecimento de duas empresas de grande porte e uma terceira, a Minerva Foods, que participou menos ativamente do processo de consolidação.
Este trabalho pretende analisar as estruturas de governança corporativa (GC) dessas três empresas. Adicionalmente, pretende-se analisar o comportamento do controlador e da administração e os impactos de suas ações para os acionistas minoritários.