Frango de corte
Nas últimas décadas, foi possível observar mudanças no macroambiente mundial como a abertura e a globalização dos mercados. No Brasil, em especial, a abertura das importações e a estabilização da economia impulsionou o acirramento da competitividade interna, em razão da abertura às importações e da entrada de toda uma sorte de produtos a preços menores e de qualidade superior. A estabilização da economia pôs em xeque os ganhos financeiros oriundos do mercado especulativo e demandou esforços das empresas, direcionados à obtenção de lucros por intermédio de ganhos produtivos. A carne de frango, cada vez mais presente nas refeições dos brasileiros, apresentou nos últimos anos uma grande expansão de sua produção, que deixou de ser uma carne nobre destinada exclusivamente às classes superiores para estar hoje difundida em todas as classes. Essa evolução, que de certa maneira até pode estar relacionada ao sucesso do desenvolvimento tecnológico e mercadológico que a cadeia produtiva da carne de frango sofreu. Baseando-se na estratégia de parceria ou integração entre agroindústria e produtores, as empresas da produção avícola de corte, fizeram investimentos na modernização ao longo da cadeia produtiva aperfeiçoando a logística, otimizando desde a distribuição de pintos de um dia e das rações aos produtores até a entrega do produto no varejo ou nos portos para exportação. Neste sentido, este artigo propõe-se a avaliar a apropriação de valor bruto por parte dos principais agentes econômicos tais como produtor granjeiro, indústria de abate e frigorificação e varejista envolvidos na cadeia.
1 PANORAMA E DESENPENHO DA CADEIA AVÍCOLA
A criação de aves para o abate teve na historia recente da economia brasileira um aumento de abates significativo, que esta intimamente ligada ao avanço tecnológico e principalmente a criação na esfera industrial que marginalizou a chamada avicultura tradicional. Segundo Sorj (1982), o marco inicial da avicultura