Governança corporativa e a auditoria
No decorrer dos trabalhos de auditoria, é fundamental que o auditor sinta segurança para opinar se as operações realizadas pela empresa estão adequadas, de acordo com a legislação, e as práticas de contabilidade.
Esta confiabilidade aumenta na medida em que prevalece a transparência sobre as informações que são divulgadas pela empresa junto aos seus diversos interessados, demonstrando que a alta administração da organização está gerindo adequadamente os recursos colocados à sua disposição, em linha com a legislação fiscal e societária, sendo criado o que comumente se denomina de “governança corporativa”.
Para os investidores, a análise das práticas de governança auxilia na decisão de investimento, pois a governança determina o nível e as formas de atuação que estes podem ter na companhia, possibilitando-lhes exercer influência no desempenho da mesma. O objetivo é o aumento do valor da companhia, dado que boas práticas de governança corporativa repercutem na redução de seu custo de capital, o que aumenta a viabilidade do mercado de capitais como alternativa de capitalização.
Quando investidores financiam companhias, eles sujeitam-se ao risco de apropriação indevida, por parte de acionistas controladores ou de administradores da companhia, de parcela do lucro do seu investimento. A adoção de boas práticas de governança corporativa constitui, também, um conjunto de mecanismos mediante os quais investidores, incluindo controladores, se protegem contra desvios de ativos por indivíduos que têm poder de influenciar ou tomar decisões em nome da companhia.
Companhias com um sistema de governança que proteja todos os seus investidores tendem a ser, mais valorizadas, porque os investidores reconhecem que o retorno dos investimentos será usufruído igualmente por todos.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
A governança corporativa deve estar alicerçada em quatro princípios fundamentais:
Transparência
Expressa