Sergio buarque de holanda
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SERGIO BUARQUE DE HOLANDA Sergio Buarque de Holanda (1902-1982) foi um intelectual de grande prestígio, admirado por muitos e considerado como um dos “redescobridores do Brasil”. Viveu uma época dominada pelo autoritarismo, porém Buarque dedicou-se ao estudo. Formou-se em Direito, viajou e morou em vários países da Europa, onde sofreu influências de autores como Weber e Dilthey. De volta ao Brasil, Holanda atuou como professor, autor e ainda publicou diversos artigos em jornais e revistas. Uma de suas principais obras foi escrita em 1936 chamada “Raízes do Brasil”. Nela, o autor critica a impregnação de fatores portugueses em nossa sociedade e chama a atenção para um pensamento que se aproxima ao de Ranke em um sentimento muito claro: o da busca pela essência da nação, do espírito do brasileiro e da identidade nacional. Ele procura identificar a cultura nacional, traçar o seu perfil, sua origem, desenvolver a sua história, encontrar as raízes culturais e uma vez que devidamente analizadas, estar apto a romper com essa história, arrancar essas raízes e seguir rumo ao “progresso”. Holanda propunha uma mudança radical na visão de mundo da sociedade brasileira, aceitando seu passado de “raízes portuguesas”, mas rompendo com elas para criar um futuro legitimamente brasileiro. Na obra “Raízes do Brasil”, Sérgio Buarque buscou na história colonial as origens dos problemas nacionais. Descreveu o brasileiro como um “homem cordial”, isto é, que age pelo coração e pelo sentimento, preferindo as relações pessoais ao cumprimento de leis objetivas e imparciais. O Brasil Colônia é visto por Sérgio Buarque como tendo pouca organização social, daí o recurso freqüente à violência e ao domínio personalista. A escravidão desvalorizou o trabalho e favoreceu aventureiros que desejavam “prosperidade sem custo” – traços que se refletiam até no cultivo da terra, por métodos predatórios semelhantes aos da mineração. É um livro inovador no que diz respeito à