gosto de colar
BOURDIEU, Pierre. A representação política. Elementos para uma teoria do campo político. In: BOURDIEU, Pierre. O Poder Simbólico.
Resumo feito em dupla com o colega, doutorando Ricardo Severo.
Esta primeira parte foi resenhada por ele.
Por qual razão as pessoas delegam responsabilidades políticas? Para Bourdieu é necessário investigar as variáveis econômicas e sociais para compreender a “divisão do trabalho político”. A primeira crítica é tecida à naturalização do comportamento das massas, observado em R. Michels que coloco como apriori a incompetência ou necessidade de liderança por parte dessa população. Tais características são tratadas como apriorísticas, sem exposição das razões de tal comportamento.
Bourdieu pretende compreender os mecanismos que separam os “agentes politicamente ativos” (militantes, por exemplo) dos “agentes passivos” (massa). Para tanto, afirma que “o campo político não é um império”, reforçando a necessidade de observar o contexto em que ocorre o fenômeno observado, integrando o campo político ao social e econômico. A dinâmica do campo político se dá numa tradução-relação entre mandantes (cidadãos comuns) e mandatários (agentes políticos) e suas organizações.
As demandas externas (oriundas do social e econômico) são apropriadas pelo campo político, gerando produtos, discursos, práticas diferenciadas, o que gera uma procura por parte dos consumidores (mandantes), os quais interpretarão diferencialmente a mensagem de acordo com a distância que mantenham do campo político, respaldando alguns e negligenciando outros.
MONOPÓLIO DOS PROFISSIONAIS
É tanto mais provável a concentração de capital político nas mãos de um pequeno grupo quanto maior for o desapossamento da população em termos materiais e culturais – expresso em capital cultural (educação formal) e tempo livre.
Tais profissionais da política oferecem como produto instrumentos de percepção e de expressão do mundo social, o qual é percebido de forma